SEM UM NÓS NÃO PODE HAVER VOZ 

direção e coreografia PAULO RIBEIRO

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Estreia 25 MAI'23 > Edifício Cruzeiro

 

A partir de: “Sem um tu não pode haver um eu” 

Um solo colectivo

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Em 2014, fiz um solo inspirado no universo de Ingmar Bergman e também num momento particular da minha vida.

Um solo intenso e muito exigente, tanto em termos físicos como também emocionais, denso e pouco luminoso, mas servido por uma banda sonora diversificada e muito rica, não só pelas composições, mas também pelas interpretações.

Utilizando o mesmo cenário e a mesma banda sonora, a coreografia passa para um colectivo de seis interpretes que, utilizando os mesmos materiais coreográficos, vão propor dinâmicas completamente diversas, não só na utilização do espaço como também e, sobretudo, na composição e resolução coreográfica que se pretende e será muito mais dinâmica e brilhante.

Um solo multiplicado por seis que utilizará a densidade e o excesso de movimento para se distanciar de si, para se olhar do exterior, para criar texturas e dinâmicas que convocam humor e emoção, que passa a ser um movimento colectivo e que, por isso, mesmo constrói cumplicidade dentro e fora da sua execução.

O individual não é a prioridade, a prioridade somos todos. Entramos em nós para melhor saírmos.

O ar do tempo é de sermos fortes individualmente para melhor vivermos colectivamente.

Este é o desígnio da Dança, este é o desígnio da minha dança que agarra e se inspira nos seus tempos passados para melhor projectar o futuro.

Uma Dança vital, uma dança política, uma dança engajada em criar um mundo melhor.

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Paulo Ribeiro

(o autor escreve segundo o antigo acordo ortográfico)

CECI N'EST PAS UN FILM

de PAULO RIBEIRO

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(Reposição 3 e 4 MAR'23 > Teatro Municipal de Ourém)

 

Ceci n’est pas un film, mas são vários filmes. Filmes de histórias a dois, pequenas fracções que evocam a possibilidade do amor. 

Um amor que se torna possessivo, exigente, dependente, desesperado, exaltado e sufocante; mas também patético, cómico, trágico-cómico, lúdico, frívolo, virtuoso, sinuoso, cabotino e esvaziado. 

Imagens a dois que esboçam e concretizam danças como forma de exorcizar a ilusão ou a desilusão, sem nunca deixar de dançar.