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PROJETO JOVENS BAILARINOS

2019

m/ 6 anos | 45 min. aprox.

 

Direcção e Coreografia António M Cabrita e São Castro

 

Assistente de ensaios Matilde Barbas

 

Interpretação pelos alunos das instituições de ensino de dança

Iara Barbosa (Escola Profissional de Artes Performativas da Jobra, Albergaria);

Núria Niz e Tomás Laranjo (Escola de Dança Ginasiano, Porto);

Mariana Figueiredo e Rodrigo Loureiro (Escola de Dança Lugar Presente,Viseu)

 

Música original e sonoplastia São Castro

 

Música adicional Passacaglia and Fugue in C Minor, BWV 582, Johann Sebastian Bach, piano solo by Junichi Steven Sato

 

Desenho de luz São Castro e António M Cabrita

 

Realização de vídeo documental Tomás Pereira

 

Figurinos Companhia Paulo Ribeiro

 

Produção Companhia Paulo Ribeiro

 

Este projeto é exclusivamente financiado pelo Município de Viseu,

no âmbito do programa Viseu Cultura

Nota de criação

O Projeto Jovens Bailarinos surge de uma vontade, e reconhecida necessidade, de desenvolver uma plataforma intermédia que potencie colaborações e estreite relações entre escolas de formação de dança e companhias profissionais.

Com o intuito de proporcionar a jovens bailarinos a oportunidade de desenvolverem a sua formação em contexto pré-profissional, e poderem trabalhar e criar usufruindo de todas as condições artísticas, técnicas e de produção de uma estrutura estabelecida, a Companhia Paulo Ribeiro convidou instituições de ensino de dança de todo o país no sentido de candidatarem alunos seus.

A resposta acabou por ser ainda mais entusiasmante que o inicialmente esperado. Não só pelos jovens que encontrámos como também pela certeza que reafirmámos do que queríamos fazer: um projeto que permitisse a estes jovens não só desenvolverem as suas capacidades técnicas mas também que abrisse espaço para o necessário questionamento sobre a sua própria voz, a voz que querem desenvolver como indivíduos e, claro, como artistas, aproximando-os das exigências inerentes à vida e à profissão.

Sabemos como o início de qualquer carreira pode ser assustadoramente fascinante - a sensação de incerteza de mãos dadas com a convicção alimentada por sonhos - pelo que, como elementos experientes na matéria, observámos todo este potencial ainda contido nas dúvidas que se revelam nos olhos e corpos destes jovens, mergulhados num mundo em transformação, onde os desafios são maiores do que eles.

São tantos os temas que hoje em dia bombardeiam a condição humana e chamam constantemente a questionar sobre o nosso posicionamento perante as várias matérias sociais, culturais e políticas que não pudemos deixar essa dimensão de parte. São esses desafios e posições que irão definir os nossos próprios caminhos como indivíduos, e paralelamente como artistas, veículos de expressão com a capacidade de criar uma voz ativa e vibrante no mundo e no panorama das artes performativas.

Pelo que quisemos ter em atenção o todo, do ser e do artista, sabendo que a maior mudança, nestas faixas etárias, é a própria mudança social: como indivíduos inseridos numa sociedade e permeáveis a ela.

Assim, o nosso papel aqui não foi mais que o de trabalhar com o jovem, aquele que dança, aquele que vive, tendo em total atenção as questões que tem sobre si e o mundo.

A emergência contagiante dos seus corpos foi o que nos desafiou não só a controlar mas também a contrariar. Na realidade, é essa emergência geral que emana destes jovens que é interessante para nós, do lugar onde neste momento já nos encontramos a observá-los. Essa, a matéria humana, é a melhor das matérias para construir um diálogo que potencia os momentos de partilha que, esperamos, sejam motivadores de tantas outras aventuras.

 

São Castro e António M Cabrita

Direção artística 

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